sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Canto e oração

Antes da apresentação, há uma oração.
Em seguida, para iniciar a dança, o rei do Congo canta a primeira música da festa, a "Forma Forma" para que as pessoas tomem suas posições na apresentação (mas sem começar a dançar ainda); abaixo temos a letra da música de abertura:
" Forma, forma seu pelotão
Esta batalha merece um barão
Forma, forma seu pelotão
Esta batalha merece um barão
Em forma para marchar
Vamos depressa, queremos chegar"
Após tomarem suas posições, é cantado o "Deus te salve" e "Atirei peça de Légua" começando a dançar.
É feito um cortejo ao Rei e à Rainha do Congo, através da música:

http://www.cpisp.org.br/comunidades/musicas/Rainha%20de%20Congo.mp3 


Depois é feito um cortejo pela cidade e a festa encerra-se com o canto do Lundum:

http://www.cpisp.org.br/comunidades/musicas/Lundum.mp3








São Benedito - O Santo Preto















Conforme escrito anteriormente os escravos já possuíam suas crenças, essas já trazidas de seu continente originário (África).
Porém ao chegarem no Brasil se depararam com uma situação conflitante para suas práticas religiosas: a Igreja Católica, pois a época era a religião dominante, então o jeito encontrado pelos escravos foi transferir o culto aos Santos Católicos, por esse motivo então foi incorporado ao Marambiré a simbologia ao Santo São Benedito, que pela sua cor preta foi chamado o "santo preto". Benedito era de família descendente da África. Seus avós eram etíopes, Benedito era filho de Cristovam Manasseri e Diana Larcan.
O pai fora escravo de um rico senhor, Vicente Manasseri, e dele recebera o sobrenome. Diana, sua mãe, fora libertada por um cavalheiro da Casa de Lanza. E como os escravos tomavam o nome de seu senhor, veio a chamar-se Diana Larcan ou de Lanza.
Nasceu livre quanto à condição de escravo.
Benedito foi pastor de ovelhas.
Aos dezoito anos, Benedito se abrasou no amor do Senhor e demonstrou interesse em se dedicar totalmente a Jesus. Com muitos sacrifícios, conseguiu comprar uma junta de bois, e com eles passou a ganhar alguns trocados e socorrer os pobres, isso durou até completar vinte e um anos de idade.
Depois entrou em um eremitério de Santa Dominica, na região de Caronia.

Indumentária do Marambiré


O Marambiré, com todos os seus adornos e ritos segue uma hierarquia, que fica bem nítido pela indumentária.
O vestuário que é utilizado pelo “Rei” é semelhante à de militares, porém prevalece o tom branco. A farda é adornada com talabarte de couro escuro. O coturno é da cor branca também, com detalhes em prata.Usam coroas de metal ou de fibra.
Já as "Rainhas", utilizam vestidos compridos, em tons dourados, todos bordado, ajustado ao corpo com mantos de veludo vermelho, bordados em pedrarias e sapatos dourados ou pretos com bordado também em pedraria.



História da dança

A dança do Marambiré veio junto com um grupo de escravos, que se instalaram em Pacoval, refugiados de Santarém.
Referiram-se ao Marambiré como sendo uma festa folclórica, uma folia de reis fazendo referências aos Reis Magos.
Em relação a religiosidade, os negros tinham as suas próprias crenças, eles tinham os seus orixás. A Igreja Católica não aceitava essa religião, devido a religião católica ser predominante e dominante na época. 
Assim, para a mesma "aceitar" os negros diziam que os orixás eram santos, ou seja, nesse sentido eles enganavam a igreja católica para continuarem a cultuar aquilo que eles mais acreditavam.
Com a catequese dos missionários eles aprenderam o cristianismo, se aproximaram lentamente da cidade de Alenquer. No Vilarejo Pacoval, era festejado o São Benedito, o Santo Preto da época dos Santos Reis, durante o qual os negros promoviam o Rezado, para comemorar o fim do sofrimento da escravidão e as perseguições, eles festejavam agradecendo a são Benedito as promessas alcançadas com  o Congado e o Marambiré. Segundo pesquisas existem dois Marambiré distintos, mas que sempre se conectam
O Marambiré de Pacoval é considerado mais um ritual religioso em devoção ao Santo (São Benedito). E o Marambiré de Santarém que é considerada também uma dança de salão.

Marambiré

É uma manifestação da cultura paraense, que abrange aspectos regionais e religiosos com danças e cantos.

Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo

Este blog representa o protótipo do projeto integrador do 1º bimestre dos alunos devidamente matriculados no Curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática do Polo Osasco, do período matutino, pertencentes ao Sm 2.


Alunos 
Cássia Antônia de Lima
Cíntia Regina Rodrigues
Daniel Leonardo Vaz Pimentel da Silva
Débora Cibele Aguada Furquim de Almeida